521
Institucional6466
Notícias5529
Agenda: próximos eventos6712
Câmara Municipal1824
Editais e Avisos em vigor2835
Executivo Municipal9455
Reuniões da Câmara Municipal4740
Organização dos Serviços7664
Heráldica do Município7519
Informação Económico-Financeira e Patrimonial3260
Contratação Pública6092
MAIA 2028 - Plano Estratégico9387
Discussão Pública3047
Repositório Editais e Regulamentos8551
Despachos do Presidente da Câmara Municipal4108
Índice de Transparência Municipal3278
Participação em reunião de Câmara4366
Documentos
8564
Assembleia Municipal2089
Apoio ao Consumidor8251
Recursos Humanos3024
Polícia Municipal6691
Proteção Civil8207
Provedor dos Munícipes2841
Plano de Mobilidade Sustentável1467
Planeamento8087
2ª Revisão ao PDM4053
Reabilitação Urbana7127
ARU Centro Cidade da Maia8808
ARU Águas Santas/ Pedrouços4859
ARU Núcleo Urbano Moreira/ V.N. Telha937
ARU Ardegães5370
ARU Vila do Castêlo da Maia7970
ARU Monte de Santa Cruz8282
ARU Expansão da Cidade7687
ARU de Nogueira285
ARU de Vila Nova da Telha8090
ARU Milheirós3261
ARU Central de Folgosa e S. Pedro Fins6074
ARU de S. Pedro Fins1296
Perguntas Frequentes sobre a Reabilitação Urbana2560
Conceito de Obra de Reabilitação Urbana e Procedimentos9566
Projetos em curso
7223
Tarifários Sociais de Água, Saneamento e Resíduos Urbanos da Maia4141
Programa Municipal de Emergência Social6277
Projetos cofinanciados pela UE7075
Relações Internacionais e Cooperação4462
Protocolos5461
Água Grande, República Democrática de São Tomé e Príncipe6289
Andrézieux-Boutheón, República Francesa550
Castilla y León, Reino de Espanha6185
Jiangmen, República Popular da China6372
Mantes-la-Jolie, República Francesa442
Mbombela, República da África do Sul949
Nampula, República de Moçambique8619
Sal, República de Cabo Verde1716
São Nicolau, República de Cabo Verde3387
Sault Ste. Marie, Canadá
3874
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)981
Notícias3509
Rede Intermunicipal de Cooperação para o Desenvolvimento8318
Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular6846
União Europeia
3064
Gestão Urbana3505
Regulamentos Municipais6444
Atendimento Municipal7583
Empresas Municipais4447
Eleições Legislativas 20227391
Requerimentos3602
Sistema de Gestão7623
Metrologia616
Peadel8270
Juntas de Freguesia9685
Prestação Serviços de Medicina do Trabalho6427
Contactos
8278
Viver798
Notícias e Eventos305
Espaços Culturais3611
Estórias e Memórias3613
Heráldica Municipal5389
Património Cultural4133
Obras da Coleção de Arte da Câmara Municipal da Maia8162
Publicações2500
A Lã e o Linho5162
Aeródromo do Porto (Aeroporto de Pedras Rubras, 1940-1945)112
Gastronomia e Religião7229
Os Tamanqueiros e os Pauzeiros da Maia9058
Subsídios para o estudo da medicina popular nas Terras da Maia4227
Gastronomia e Doçaria nas terras da Maia3453
A Maia e a Gastronomia7592
Cestos Florais Maiatos5652
A Árvore de Camilo2527
A Matança do Porco5367
Brevíssima História da Maia2702
A Campa do Preto6806
Romaria a Nossa Senhora do Bom Despacho6936
O Santo Lenho de Moreira4348
Canastras Florais1834
“ZMORK" para a Maia8033
UIVO 10 - Catálogo9699
UIVO 11_Catálogo258
Terra Maia3038
Livro MAM_21
7749
Ilustres Maiatos6472
Álvaro Aurélio do Céu Oliveira3501
Dr. Augusto Martins4899
Prof. Doutor Carlos Alberto Ferreira de Almeida5021
Gonçalo Mendes da Maia5803
Professor Doutor Joaquim Rodrigues dos Santos Júnior6063
Prof. Dr. José Vieira de Carvalho1479
Conselheiro Luiz de Magalhães1540
Albino José Moreira2231
Dr. Manuel Ferreira Ribeiro290
Paio Mendes da Maia6559
Padre João Vieira Neves Castro da Cruz311
Visconte de Barreiros7674
Eurico Thomaz de Lima1388
Manuel Marques Pereira d' Oliveira7025
Comendador Augusto Simões Ferreira da Silva802
Mestre António Costa5767
Doutor António Cândido da Cruz Alvura219
Altino Maia5486
D. José Alves Correia da Silva, o «Bispo de Fátima»3626
António José Ferreira Carvalho3900
Rafael Carlos Pereira de Sousa8385
Amálio Maia6480
Papiniano Carlos6070
Carolina Michaëlis
2705
Revista da Maia4700
Peças Arqueológicas9081
UIVO 11 - Mostra de Ilustração da Maia I Registo fotográfico inauguração
6117
Biblioteca1362
Museu3319
Contactos5569
Bilheteira / Loja on-line9920
Inquérito de satisfação dos serviços (im-069)6004
Cultura Inclui4925
Mera comunicação prévia de espetáculos de natureza artística
1142
Investir8780
Eventos4269
Férias Ativas Jovens1691
Férias Ativas Jovens | Natal´239959
Férias Ativas Jovens | Verão´236004
Férias Ativas Jovens | Páscoa´237558
Férias Ativas Jovens | Natal´227415
Férias Ativas Jovens | Verão´229637
Férias Ativas Jovens | Páscoa´228637
Férias Ativas Jovens | Natal´219196
Férias Ativas Jovens | Natal´193557
Férias Ativas Jovens | Verão´191612
Férias Ativas Jovens | Páscoa´195000
Férias Ativas Jovens | Natal´181459
Férias Ativas Jovens | Verão´184203
Férias Ativas Jovens | Páscoa´183554
Férias Ativas Jovens | Natal´171496
Férias Ativas Jovens | Verão´175488
Férias Ativas Jovens | Páscoa´17
1701
Festival de Danças Urbanas8767
Festival de Teatro Jovem4052
Maia ShowCase3063
Mula Ruça | 03.jun.234037
Out Liars | 17.fev.232140
“FLEUMA” | 22.out.225553
On The Rocks - Out Liars | 17.set.229198
Concerto de Clarinete - Duarte Maia | 23.jul.227797
“Estranho Conhecido” | 29.mai.223681
Concerto de António Sousa | 30.ago.199825
Recital de José Miguel Borges | 14.abr.196284
“O Coiso” | 30.jun.18
1809
Programa “CONHECES?”100
Natal´23 - Conheces?' Zoo da Maia?5506
Verão´23 - 'Conheces?' Vila Nova de Gaia?2919
Páscoa´23 - 'Conheces?' a Galeria da Biodiversidade/Centro Ciência Viva e o Jardim Botânico do Porto?7721
Natal´22 - Conheces?' Perlim?4544
Verão´22 - 'Conheces?' a Casa do Alto?634
Páscoa´22 - 'Conheces?' Viana do Castelo?2051
“CONHECES?” | Páscoa de 2018
7040
Notícias7166
Onde Estamos7139
O que Fazemos172
Conselho Municipal de Juventude1448
OPJM - Orçamento Participativo Jovem da Maia3727
Plano Municipal de Juventude8772
MAIA RISE UP 2022628
Associativismo Juvenil8604
Instagram2814
Galeria Multimédia2851
Link´s Úteis
1293
Visitar
Brevíssima História da Maia
Um passado milenar
O Município da Maia é o natural e inequívoco herdeiro da antiquíssima Terra da Maia, que se estendia, nos meados do século XIII, desde a cidade do Porto, outrora limitada a breve espaço, até à margem esquerda do rio Ave.
Área de grande significado político, social e militar adentro do Portugal proto-histórico, a Terra da Maia foi berço dos Mendes da Maia, poderosos caudilhos regionais «portugalenses», que, juntamente com o primeiro Rei, devem ser considerados como co-fundadores duma nacionalidade politicamente autónoma no Ocidente da Ibéria: Portugal.
Os Mendes da Maia constituíam uma família radicada na Região desde a Segunda metade do século X. Aboazar Lovesendes é o seu antepassado mais remotamente conhecido. Gonçalo Trastemires, seu neto, que conquistou Montemor aos Mouros em 1034, viria a ser morto em Avioso, o montículo que se implanta no actual Castêlo da Maia, em 1038, provavelmente no contexto das questões dinásticas internas da monarquia leonesa.
Seu filho, Mendo Gonçalves, é tido como «Vir illustris et magne potentie in toto Portugal» e o filho deste, Soeiro Mendes «o Bom», é citado como «prepotens et nobilissimus omnium Portugalensium».
Soeiro Mendes desempenhou funções da mais alta importância. Governador das terras recentemente conquistadas a Sul de Coimbra, quiçá em nome do próprio imperador Afonso VI, viria ainda a ter um alto papel junto do Conde Henrique, assumindo talvez mesmo a sua representação no decurso da ausência do Conde na administração do Condado.
Mendo Soares e Paio Soares foram dois dos filhos de Soeiro Mendes. Ambos foram personagens importantes na corte de D. Henrique. Paio Soares foi governador de Montemor e da Maia e alferes de D. Teresa, o que constituía o mais importante cargo militar do Condado. Soeiro Mendes, Gonçalo Mendes e Paio Mendes serão três dos filhos de Mendo Soares cuja acção, mormente no que respeita ao segundo e terceiro, será decisiva na autonomia política de Portugal.
Em todo o caso os Mendes da Maia eram, pelos meados do primeiro quartel do séc. XII, os verdadeiros expoentes da aristocracia portucalense. E quando sentiram que, na corte de Dona Teresa, tomavam prevalência os aristocratas galegos, trazidos pela mão dos Travas, os Mendes da Maia começaram a urdir o "golpe de Estado" que levaria aos Campos de S. Mamede.
A intervenção dos irmãos Mendes revelar-se-ia decisiva na conjuntura que alçaria à chefia do condado o moço Infante Afonso. Com efeito, é crível que, alguns anos após a morte do Conde Henrique, o filho dos condes portucalenses se mantivesse no convívio e na familiaridade dos Mendes da Maia. Desde 1118, Paio era arcebispo da Sé primacial bracarense, e como tal a primeira figura da Igreja portucalense. E tal facto constituía um passo importante no crescimento da conjura contra Dona Teresa.
Em 27 de Maio de 1128 o Arcebispo e o Infante lavram em Braga um importante documento. O Infante promete ao Arcebispo direitos sobre várias vilas e lugares, diversas isenções e alguns importantes privilégios. E acrescenta que tais concessões serão feitas, «logo que obtiver o governo de Portugal». E o documento a que nos atemos justifica ainda as liberalidades do Infante, ao dizer que elas se deviam à ajuda que ele receberia do Arcebispo. De modo lapidar Alberto Feio chama ao documento de «acta da fundação de Portugal».
Os acontecimentos precipitam-se. E em 24 de Junho terão o seu momento decisivo. As forças leais a Dona Teresa encontram-se com as forças do Infante e do Arcebispo nos Campos de S. Mamede. As forças do Infante, comandadas por Gonçalo Mendes, saem vencedoras da contenda.
Aquela era, na expressão plástica de Acácio Lino, «a primeira tarde portuguesa».
É que Portugal para sempre autónomo começava então.
Os Mendes da Maia, Paio e Gonçalo sobretudo, assumiam assim, verdadeiramente, o papel de construtores da Pátria. Paio fora o estratega do "golpe de Estado" e Gonçalo fora o seu executor operacional.
Décadas depois, quando o primeiro Rei levava o seu esforço de conquista às terras transtaganas e os portugueses se internavam pelos confins da "província de Alcácer", Gonçalo Mendes, verdadeiro «adiantado» de Afonso Henriques, travava nos Campos de Beja o seu último combate. Era «a morte do Lidador».
É, assim, mais do que evidente a estreita ligação entre a Maia e o nascimento de Portugal. Uma família, sucedendo-se de pai a filho, territorializada, ganhou relevância crescente, a nível de toda a região portucalense, e teve interferências decisivas no destino político do Ocidente da Ibéria.
Esta família perdurou no domínio da Maia ao longo dos séculos imediatos, e a sua prevalência só viria a abater-se nos meados do século XV, quando, em Alfarrobeira, ela se perfilou ao lado do Regente Infante D. Pedro, colhendo desse modo a animosidade de D Afonso V.
Em 15 de Dezembro de 1519, D. Manuel concedeu foral ao Concelho da Maia. Por essa altura o concelho abarcava toda a orla marítima entre o Porto e o Ave, estendida desde o mar até uma linha de pequenas alturas, ainda assim destacadas das terras chãs afins, desfiada desde Rio Tinto, pelos limites orientais de Alfena, de Covelas e dos Bougados, nessa época, e até 1902, a sede do Concelho situava-se no Castêlo da Maia em edifício hoje destinado a outros fins. Desde 1986,o Castêlo da Maia foi elevado á categoria de Vila constituída pelas freguesias de Barca, Gemunde, Gondim Stª. Maria e S. Pedro de Avioso.
Em 1832, D. Pedro, primeiro Imperador do Brasil e Regente de Portugal em nome de D. Maria II, desembarcava na Maia, nos areais de Pampelido, na chamada praia dos Ladrões – referência alusiva às «razias» vikings de outrora - e marchava de seguida sobre Pedras Rubras.
A Maia era, assim, em todo o espaço metropolitano português, a terra onde, por vez primeira, se arvorava a bandeira liberal. E em todo o agitado período que decorreu de 1832 a 1834 a Maia foi um dos palcos mais salientes das encarniçadas lutas fratricidas que opunham absolutistas e liberais. Os avanços das tropas; os recuos das tropas; os quartéis-generais; os quartéis avançados. Tudo isso perpassou pela Maia ao longo desses dois anos que dilaceraram o Pais.
Em 1836, implementava-se a reforma administrativa planeada por Mouzinho da Silveira. E por força desta acção, concebida à maneira dos figurinos da França napoleónica, e ainda em função dos apetites de vários caudilhos das terras adjacentes, a Maia viu-se retalhada, e vários pedaços seus foram engrossar concelhos vizinhos.
Foi assim com o Porto; foi assim com Matosinhos; foi assim com Vila do Conde, que terá recebido a parte de leão nesta acção dilaceradora duma terra secularmente unida; foi assim com Santo Tirso, um município também engrossado com uma larga soma de freguesias; foi assim com Valongo; e mesmo com Gondomar.
Ao longo do século XIX, mais algumas freguesias viriam a colar-se ainda a Vila do Conde, sempre ao sabor de condicionalismos políticos, para os quais os interesses das populações e a história comummente vivida pouco importou.
Adormecida durante os princípios do século XX, a Maia viria a despertar graças, em boa parte, a um modo novo de encarar a iniciativa autárquica.
José Vieira de Carvalho
José Augusto Maia Marques